Esse tipo de troca não existe para Deus, que tem por cada um o mesmo amor, na mesma medida. O nosso pecado não nos tira esse amor.
O amor do Pai não depende de uma lista de coisas para fazer e não fazer (que teoricamente nos tornariam pessoas dignas desse amor). Esse comportamento vira religiosidade. Raciocinando dessa forma acabamos nos afastando de Deus por não nos acharmos dignos Dele.
Mesmo que alguém se sinta em débito, por ter entristecido o Senhor, não é sofrendo que poderá estar “quite”. Só que o nosso pecado não pode ser pago por nenhum tipo de esforço. O peso e a culpa não podem fazer isso. Somente o sangue de Cristo faz isso. Não há outro pagamento de pecado.
Se não compete a nós essa tarefa só nos sobra uma atitude - ajoelhar e pedir que o Senhor lhe dê novamente aquilo que saiu de você - que é a presença Dele.
Para entender esse amor é importante diferenciar religião de redenção.
Religião, a exemplo do define o Aurélio é a “manifestação de uma crença por meio de doutrina e ritual próprios, que envolvem, em geral, preceitos éticos”. Teoricamente ela deveria cumprir o papel de nos conectar a Deus. Mas justamente por causa desses “preceitos éticos” o relacionamento de amor se transforma em religião.
É algo como: se eu obedecer terei amor, se desobedecer não terei. Na religião tudo se resume a regras. Sendo religiosas as pessoas tentam se fazer merecedoras de algo. Mas o que vem de Deus sempre virão de graça e imerecidamente.
Redenção é diferente. Mesmo quando sentimos que estamos em dívida com Deus e desejamos ressarci-lo não poderemos fazer nada. O sacrifício na cruz foi por amor (João 3:16). Essa relação de amor não pode ser quebrada. A atitude de se afastar, por qualquer motivo que seja, sempre será nossa, pois Deus continua nos amando incondicionalmente.
Assim como Davi, mesmo quando falharmos, não devemos esperar um segundo sequer para voltar para a presença de Deus e nos purificar novamente. Deus não deixa de nos amar por causa das coisas que deixamos de fazer. Não devemos perder tempo distantes porque entristecemos a Deus.
“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro.
Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:35-39).
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