A saudade dos nossos amigos da Guiana Francesa, os Palikour da Assemblee de Dieu, continua. Ontem passou uma série de reportagens que confirma que a ligação com nossos vizinhos é muito grande, nas dificuldades e alegrias.
Uma Torre de Babel na América do Sul. O português em todos os cantos. O chinês que domina o comércio. Nas ruas, descendentes de escravos, franceses. A vida é dura, de muito trabalho. Mas dá para se sentir em casa na Guiana Francesa.
A mesma paixão pelo futebol. Na decisão da Copa da Guiana, um time de filhos de brasileiros e gol do artilheiro Dinamite. A mesma paixão pelo carnaval, que não é igual ao nosso. As mulheres não podem mostrar nem um pedacinho do corpo. Ficam escondidas nas fantasias que saem das mãos de uma caprichosa brasileira. É um lugar de oportunidades, mas os brasileiros também enfrentam a discriminação. Um dos maiores problemas são as mulheres que vão para lá mergulhar na prostituição. "A brasileira é a encarnação da prostituta aqui na Guiana Francesa", diz Haci Farina.
Os brasileiros também sofrem nos garimpos no meio da selva. A busca pelo eldorado pode acabar na penitenciária de Caiena. E, mais uma vez, encontramos brasileiros ajudando brasileiros. Os missionários evangélicos doam tempo e carinho àqueles que perderam o contato com o mundo. "Na semana retrasada eu conversei com uma pessoa que estava presa fazia dois anos e não recebia visita de nenhum parente pelo fato de que eles estão em situação irregular. Então, ele se sente muito deprimido", conta o repositor de estoque Felipe Azevedo.
Mais forte que o coração apertado é a vontade de chegar lá. A Guiana Francesa quer se mostrar para o mundo e crescer. Um desafio também para os brasileiros que sonham em construir lá uma grande história, mas vivem atormentados pela dúvida: desistir ou resistir?
Fonte: Globo Repórter
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