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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Os caminhos

“Porque este é o anunciado pelo
profeta Isaías, que disse:
Voz do que clama no
deserto: Preparai o caminho
do Senhor, Endireitai
as suas veredas”
(Mateus 3:3).



.

Quando estamos apressados ou perdidos costumamos desviar o caminho ou pegar um atalho. Depois vem a terrível sensação de estar ainda mais perdido do que antes, sem a mínima noção de como voltar. Para cada situação na vida existem caminhos, escolhas, opções. Nem todos os caminhos são seguros, mesmo que aparentemente indicasse que sim. Ninguém acredita que vai se perder ao ver aquela rua bonitinha, sem engarrafamento. “Vou dobrar aqui, pego por ali e chego antes”, planeja.

Além da rota urbana precisamos decidir como proceder na nossa família, nossa empresa, nosso colégio, nossa igreja, nosso país, nossa vida. Para esses momentos a palavra alerta que “há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Pv 14:12). Um caminho de morte não é aquele em que se pode bater o carro ou tomar uma garrafa de veneno, mas sim fazer algo que trará conseqüências negativas.

Por pressa, preguiça, imprudência, auto-confiança e vaidade muitos se arriscam a errar o caminho, quando agem sem refletir. É assim que se tira dinheiro da bolsa da mãe “porque o carro do sorvete já estava indo embora”. É assim que se responde a processo por desvio de verba “porque no plano ninguém ia descobrir nada”. É assim que se perde o pouco que se tinha num investimento financeiro arriscado “porque achei que era seguro”. É assim que se casa com a pessoa errada “porque achei que ele ia mudar depois”. É assim que se paga mais um ano de cursinho ao perceber que aquele curso não tinha nada a ver “mas a concorrência era menor”.

Pegar um atalho seria bom para qualquer um, se tivéssemos a certeza de que caminho é esse e se a estratégia está correta aos olhos de Deus. Corremos para atingir o que está ao final do caminho, sem ligar para o que fizemos no percurso, como se os fins justificassem os meios. O Senhor ensina que “assim como não é bom ficar a alma sem conhecimento, peca aquele que se apressa com seus pés” (Pv 19:2). Quem nunca aprendeu que o apressado come cru?

Além de uma refeição indigesta o resultado vai de encontro ao que desejava. “A riqueza de procedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho a aumentará” (Pv 13:11). Quando existe prudência, paciência e zelo “os pensamentos do diligente tendem só para a abundância, porém os de todo apressado, tão-somente para a pobreza” (Pv 21:5).

Caminhos para chegar a Jesus
“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:27). Ao nos criar a Sua imagem e semelhança Deus mostrou que precisava criar uma identidade conosco, para poder se relacionar. Movido pelo desejo de ocupar o lugar do Senhor o Inimigo criou situações para desviar o homem do caminho. Era a condição para pecar, que significa errar o alvo.

Foi a serpente quem disse a mulher que ela certamente não morreria se comesse do fruto da árvore do meio do jardim. Mesmo alertada pelo Senhor sobre o princípio que não poderia ser quebrado ela deu ouvidos ao conselho mal intencionado, comeu do fruto e compartilhou com o homem (Gn 3:4-5). Foi assim que se desviou do caminho principal para andar por conta própria por locais incertos, que conduziam a morte.

Em pleno deserto o povo se desviava das rotas de proteção que o Senhor proporcionava. Seguindo pela rota da desobediência eles aumentavam a dimensão do deserto. Nem quiseram esperar Moisés voltar do topo do monte, preferindo derreter objetos de ouro para fazer um bezerro e idolatrá-lo, acreditando ter uma solução mais próxima, visível e palpável. As constantes murmurações também desviaram a rota e de 39 mil pessoas libertas da escravidão no Egito apenas duas chegaram a terra de prometida, após quarenta anos de travessia no deserto.

“Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18:4). Foi para livrar os homens de atalhos perigosos, desvios de rota e recondução ao destino que Deus enviou o Filho, como havia prometido desde o início dos tempos. É Jesus quem chama e estende a mão dizendo: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14:6). Quando voltamos para a rota o desejo é de dirigir outros pés pelo caminho da paz (Lc 1:79), por um caminho mais excelente (I Co 12:31).

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