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quinta-feira, 19 de março de 2009

A verdade que liberta

Somos naturalmente cercados de conceitos culturais e tradições. São elementos que moldam nossos hábitos a ponto de, mesmo sem saber o motivo, absorvemos e repassarmos temores infundados, como o de que não podemos misturar manga com leite, por exemplo. Dessa forma ficamos tolidos de muitas coisas por estarmos presos a tradições.

Entre os elementos mais tradicionais está a religião, que pela própria etimologia da palavra teria o sentido de religar o homem a Deus. No decorrer do tempo esse sentido foi se perdendo pois os homens foram criando coisas demais e fantasiando em cima da religião.

Tradições são referentes a um povo, estado ou nação. Costumes podem ser bons mas também ruins, nos impedindo de conhecer uma verdade maior. É semelhante ao mito da caverna, da parábola de Platão, onde as pessoas tinham como realidade as sombras de pessoas, projetadas na caverna. Um deles conseguiu se libertar e descobrir a verdade. Romper não envolve só uma pessoa, mas também uma família, geração, etc.

Recebemos a maior parte das tradições através de nossos pais. Querendo acertar eles nos repassam o que aprenderam. Mesmo assim a Palavra de Deus diz que nem tudo devemos receber:

“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” (I Pedro 1:18-20).

Tradições e costumes podem e devem ser confrontadas com a Palavra de Deus. Por mais antiga, interessante ou respeitável que pareça, nenhuma tradição é maior do que a Palavra de Deus:

“Mas disse eu a seus filhos no deserto: Não andeis nos estatutos de vossos pais, nem guardeis os seus juízos, nem vos contamineis com os seus ídolos. Eu sou o SENHOR vosso Deus; andai nos meus estatutos, e guardai os meus juízos, e executai-os” (Ezequiel 20:18-19).

No contexto acima o povo estava no deserto. A direção do Senhor não era para legitimar a desobediência aos pais, e sim não se deixar contaminar com suas tradições. O alerta veio porque o povo havia começado a fazer ídolos para cultuar, desviando o foco de Deus.

Nenhuma tradição é maior do que o sacrifício na cruz do calvário. Nem tudo o que é antigo é bom. Semelhante ao que aconteceu no deserto Deus pode interromper qualquer tradição que é contra Seus estatutos. Muitas vezes conhecemos uma tradição em detalhes, mas quase nada da Palavra.

Não foi a toa que a religião foi considerada por Marx como o ópio do povo, criticando a passividade da população ao trabalho. De fato a religião tem poder de anestesiar, cegar e roubar o direito de olharmos para além da caverna. É quando Deus é confundido com religião, quando as pessoas continuam apenas cumprindo rituais. Foram os religiosos da época que crucificaram Jesus, pois não conseguiam ver nada além de sua tradição.

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8:32). A verdade é a Palavra, e ainda sim o que menos as pessoas fazem é estudá-la. Ela nos santifica (Jo 17:17) é permanece como verdade ontem hoje e sempre.

Precisamos entender que não precisamos de religião, tendo convicção de que precisamos é de Deus, pois a religião atrapalha o caminho a um Deus extremamente acessível, que se achega a nós quando nos achegamos Dele (Tg 4:8). Deus é muito simples mas a religião complica tudo.

Ninguém poderá ser salvo por religião, mas sim pelo posicionamento diante da cruz. Os homens vivem armados de conceitos e verdades para defender seus costumes. Se uma tradição não tem respaldo na Palavra, interrompa, pois não é de Deus. Tudo para não perdermos coisas na vida, por não conhecermos a nobreza de Deus no emaranhado de tradições.

“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2).
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