Quem nunca se pegou contemplando as gotas de chuva escorrendo pelo vidro da janela, esquecendo do mundo lá fora? Ou ainda se imaginou vivendo um momento singin’ in the rain? É difícil explicar o fascínio que esse fenômeno, que parece tão simples, exerce sobre nós. Nesses dias lá estava eu pensando nesse assunto e me perguntando: que chuva eu desejo para a minha vida? Isso porque a chuva tem muitas caras e a imaginação vai longe pra lembrar de todas elas.
Quando ela cai sempre dá o que falar. A chuva, pelo menos em Belém, sempre rende boas histórias de como cada pessoa encara esse momento peculiar da nossa rotina. Se faz aquele calor sufocante todos pedem que ela venha logo. Se tudo vira um aguaceiro o povo reclama “também não precisava exagerar, né!” Os protestos não param. Tem aqueles que levam banhos de motoristas que passam com toda velocidade pelas poças d’água. Há os que reclamam das goteiras e os que amargam prejuízos com alagamentos.
Certa vez a chuva virou motivo para puxar conversa com um taxista (inversão de papéis). Ele é um defensor fervoroso da chuva, e não de qualquer chuvinha, mas sim dos famosos “torós”. Uma chuva normal, segundo ele, não seria suficiente para alimentar profundamente as raízes das árvores. “O que seria de nossas mangueiras então?”, concluiu. O taxista lembrou ainda que em outros cantos do Pará, sem as chuvas fortes, a travessia dos barcos pelos rios seria impossível. Sem navegar nada de peixe nas redes. Ainda tentei ingenuamente acrescentar à conversa assuntos relacionados ao tal aquecimento global. Naquele momento, no assunto chuva ele tinha mais fé que eu. A chuva dele era mais bonita, um verdadeiro bailado. Se eu puxasse a mesma conversa com minha mãe (professora dedicada) tudo viraria um papo cabeça sobre as fases da água, que evapora até formar gotas de chuva lá nas nuvens, e depois ela ia começar a cantar a música do Guilherme Arantes, que ela adora usar nas aulas. Mas essa ainda não é a minha chuva.
A que eu desejo é aquela que escorre pelo rosto quando nos rendemos a ela. Nada de sombrinha, nada de correr procurando abrigo – basta deixar acontecer. E porque aproveitar a chuva parece um privilégio da infância? Pra que fugir tanto se ela nos chama? Os benefícios da chuva são anunciados há muito tempo, pois Ele disse “eu vos darei as vossas chuvas a seu tempo, e a terra dará a sua novidade” (1). Na Palavra o fenômeno aparece como uma das maiores bênçãos para os povos, lavando, preparando, alimentando, envolvendo. Além de preparar a terra e matar a sede a chuva aparece como um anúncio da presença do Pai e nunca passa em vão (2), pois aos lugares “ao redor do meu outeiro, eu porei por benção; e farei descer a chuva ao seu tempo; chuvas de bênçãos serão” (3). Quem deseja fugir de uma chuva dessas?
Mas também percebi que o Senhor é a própria chuva. Assim, aproveitar essa chuva significa ser livre. Livre para aceitar o melhor de Jesus, matar a sede. Diante de uma chuva em abundância sair molhado é pouco. Bom mesmo é abrir o coração e ser inundado. Talvez seja essa a explicação para o fascínio com a chuva – Jesus querendo nos inundar. Que chova!
(1) Lv 26.4 (2) Sl 68.9 (3) Is 55.10
Cantando a chuva...
Confira uma playlist que mostra duas percepções sobre a chuva. Dê uma olhada, deixe seu comentário e, se preferir, indique sua canção preferida sobre o tema.
Dica: aperte play e em seguida o pause, enquanto o vídeo carrega. Caso não consiga visualizar o vídeo clique aqui
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Um comentário:
Chuva de AVIVAMENTo... é a que nós jovens mais desejamos... seja em um dia que gostariamos de um sol, ou de uma chuva nao tao forte..kkkk Mas o que lutamos é para que possamos viver a chuva vinda do coraçao de DEUS e que com ela venha o AVIVAMENTO DO SENHOR! Eu creio nessa chuva e vc?
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