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domingo, 28 de setembro de 2008

Um Deus de amor

“Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida,
nem os anjos, nem os principados, nem as potestades,
nem o presente, nem o porvir.
Nem a altura, nem a profundidade,
nem alguma outra criatura
nos poderá separar do amor de Deus,
que está em Cristo Jesus nosso Senhor”
(Romanos 8:38-39)
.

Muitas tatuagens são apagadas quando acaba aquele amor “eterno” jurado com tanta convicção. Mas sempre chega a hora de perceber que aquela “tampa da panela” não é tão perfeita assim. Quanta empolgação já que o amor humano não é de verdade. Na prática qualquer sentimento mais forte que acelera o coração é chamado de amor, mergulhado em sua imperfeição.

Entre eles está o tipo “Eros”, que tende pro lado físico e sexual. Quem sente diz acha que o outro lhe faz bem, é lindo, tem corpo lindo, lhe pertence e sempre diz “amo você porque você me faz feliz”.

O do tipo “philos” é semelhante à amizade. É uma relação de troca, pessoas que se completam como a tal “metade da laranja”. Quem ama assim o faz porque o outro lhe dá presentes, o ajuda, gosta das mesmas coisas. Fazem tudo juntos.

Há também o tipo “ágape”, incondicional por natureza. É aquele que dá amor de graça sem esperar nada em troca. Não há um porquê para esse amor. Para proteger quem ama é capaz de fazer aquilo que contraria as vontades do outro.

O perfeito amor é de outro tipo. É do tipo de Deus. Um sentimento que permite um “eu te amo mesmo que tu me rejeites, fales mal de mim, me persigas”. É um tipo de amor para revirar o coração e a alma. Na Bíblia a maior revelação é que Deus é amor. O amor é Sua essência. Foi Ele que “amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).

Um pai amoroso desse mundo daria tudo, menos a vida de um filho. Mas Deus fez isso pela humanidade, mesmo para aqueles que o desprezam. Por todos nós Ele entregou o Filho que “foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53:5).

De tão banalizada a famosa cruz pendurada nos pescoços e paredes não revela no dia-a-dia a dimensão daquela atitude. Antes mesmo de haver uma gota no oceano Jesus estava e, seu trono, mas veio para nosso meio para ser um homem comum. Não veio com outro propósito senão nos salvar. Por mais doloroso e cruel, o caminho até a morte na cruz era necessário, como o próprio Jesus anunciou. Ele não precisava estar ali, passar por aquilo, mas fez. O fez publicamente como uma enorme e incomparável demonstração de amor.

Ele estava lá quando o sopro de vida nem tinha entrado no homem. Ele já reinava. Mas veio aqui, carregar a impiedosa cruz, no nosso lugar, enquanto era pisado, cuspido e torturado. Seu amor é mais forte que a própria morte.

Deus sim sabe o que é o amor, porque é o amor. “E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra. E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem” (Mt 7:9-11).

Seu amor é incomensurável, caridoso, cuidadoso, protetor, apaixonado, incansável, misericordioso, compassivo. Esse amor dura para sempre porque Deus não esquece de nós. Não poderia, “pois eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei” (Is 49:16).

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