Muitos sonhos não sobrevivem no decorrer do nosso crescimento, mas o Senhor deseja que voltemos a acreditar; quer dar a restituição dos sonhos. Deixamos de olhar a vida com o encanto de criança por causa das circunstâncias duras da vida.
O que tem feito perdermos a visão? Não é apenas a visão natural, mas a espiritual. É a visão da alma, que também fica atrofiada. Quando perdemos a visão perdemos também o sonho, o foco, a identidade.
Isso aconteceu com o cego e mendigo, de Jericó (Marcos 10:46-52). Um dia aquele homem foi um sonhador, como todos nós, mas perdeu a visão. Ele não tinha identidade – era apenas Bartimeu, que significa filho de Timeu. Passou a ser uma pessoa praticamente invisível, sem nome, vivendo na sarjeta.
Muitas vezes vamos para as sarjetas, empurrados pelos erros, decepções, frustrações, frases duras que ecoam na memória, dor por causa de pessoas amadas que falharam conosco. Mas nada disso deve tirar nosso privilégio de sonhar, nem devemos culpar Deus pelos nossos fracassos. Muitos chegam a um nível de amargura que impede até de acreditar que Deus pode fazer algo por nós. São dores de alma que levam a depressão. Jesus Cristo é restaurador de sonhos.
Por isso precisamos tomar atitudes. A primeira é crer que Jesus pode restaurar sonhos e é suficiente para isso. “E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar e a dizer: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” (v47).
Milagre não é mágica de Deus. Milagre é uma ação de Deus em cima de uma predisposição nossa. O cego mendigo não se conformou com aquela situação e tomou a atitude de, pelo menos, clamar.
Outra atitude é ser guardador do sonho, não dando razão para Satanás, pois ele não tem razão. Quando começou a clamar por Jesus “muitos o repreendiam, para que se calasse: mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! (v48).
Da mesma forma muita coisa conspira para que não tenhamos coragem e disposição para pedir ajuda. Por isso devemos também ter atitude para que nem mesmo a pior circunstância na vida nos impeça de ter com Jesus.
Outra atitude é ter ousadia de contar o nosso sonho para Jesus. “E Jesus, parando, disse que o chamassem.... E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus. E, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista” (v49-51).
O sonho e como uma gravidez, é algo desejável, que deve ser expressado ao Senhor. Nessa fase a antiga, o sentimento que motivava a frase da infância “quando eu crescer...”, poderá aflorar novamente em nossas vidas.
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