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terça-feira, 21 de abril de 2009

O Blogueiro (1° ano) parte 2

Numa época de pindaíba apareceu um “freela” pra mim. Eram matérias sobre futebol, para um álbum comemorativo. Na primeira pauta eu teria que escrever sobre categorias de base. “Topo”, respondi de prontidão. Passando confiança ao editor eu recebi a pauta com os contatos e breves orientações. Minha primeira tarefa era descobrir: “que troço é esse de categoria de base?

Era tudo ou nada, mas na prática os coleguinhas de profissão se esforçam para, pelo menos naquela reportagem, parecer um especialista no assunto. Foi um milagre, mas eu fingi direitinho que sacava tudo de futebol. 

Das coisas diferentes que já escrevi a mais desafiadora seria escrever algo sobre Deus, pois não poderia fingir nem inventar. “Como será isso?” “Logo eu, que só ficava na janela vendo a arca passar”. Felizmente eu não me deti para pensar nisso, senão iria pifar. 

O boletim informativo já estava em meu coração. Infelizmente não é tão fácil botar os bichinhos pra rodar. Nos orçamentos de gráficas quem imprime pouco sai em desvantagem. Vantagem mesmo é quando se imprime aos montes, tipo para multidões (então está ligado!). Com isso o boletim ficou no stand-by.

“Enquanto isso ficaremos guardando o pão, olhando um para a cara do outro?” Fiquei ansiosa e decidi desenvolver logo o blog, até a vinda do impresso. Marquei a data de lançamento para me comprometer publicamente com a igreja. Assim, se eu empacasse, o povo me cobrava. 

Foi um mês inteiro de muitos F5, testando incessantemente formatos e recursos para o futuro blog. O banner e texto eram de faz de conta, bem bizarros. “Não entre não que está muito feio”, insistia eu com a pastora Kênia. Mas ela não estava nem aí. Ela acompanhou de pertinho cada pedaço que eu ia colocando. Parecia um grande terreno vazio em que ela corria descalça, como uma criança, cantarolando. Eu não a entendia.

Comecei a entrar nesse clima quando consegui colocar a rádio e o banner, adaptando o design (by Kellyson) do projeto de vida. Mais tarde consegui, graças ao Multiply de um abençoado de Gurupi, inserir a faixa Casa do Pão, na voz de Nívea Soares, pois fazia questão. 

A forma inicial estava prontinha. Só faltava a inauguração oficial, quebrando a garrafa no casco do navio. O grande momento seria em 13 de abril de 2008, domingo. Para a ocasião eu preparei uma apresentação de slides para mostrar os detalhes do blog à igreja. Fiz isso cerca de uma hora antes do culto, na redação, durante meu plantão de final de semana. 

Havia pouco tempo, e ainda faltava um detalhe. “Bom, agora só falta aquilo que combinamos, né Deus!” Muita peroba na minha face. Havia pedido para Ele me dar o texto inaugural, quando estivéssemos na reta final. Eu não havia parado pra pensar nisso pois de fato não fazia a mínima da mínima ideia por onde começar um texto. 

Categoria de base é moleza no final das contas. Mas o que faria alguém que não sabia que “Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas” (Rm 11:36)? Peroba! Se era pra Ele, o carro daria partida através da chave Dele. 

Eu era do tipo que tinha um mês inteirinho para escrever algo genial e inspirado, mas só conseguia ter inspiração, e ideia que prestasse, em cima da hora. Dessa vez eu deixei para a última hora, botando minha fé para treinamento de fogo. 

“Vamos lá Senhor”. Pão, teria que falar de pão, logicamente. Fiz aquilo ali rapidinho e achei legal, novo, desconhecido. Como se num segundo eu descobrisse, naturalmente, que categoria de base é nada mais nada menos que “prata da casa”. Ele é o Pão, Ele é o Padeiro, Ele é o Blogueiro. Lógico!

“Postei”. Acionei a pastora, para que desse uma olhadinha. Eu estava envergonhada, e meio tensa. O toque do celular, minutos depois, soavam como a voz da própria pastora, feliz, do outro lado da linha. Antes mesmo de atender eu respirei aliviada, concluindo: “Ele está nessa comigo”!
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