Site MANT Belém

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O coração de uma mãe

“Tudo bem”. É assim que costumamos responder às pessoas, quase que instintivamente. Somente alguns segundos depois nos perguntamos se o que dissemos corresponde a realidade.

Shalom! Essa é uma tradicional saudação judaica que quer dizer: paz, saúde e prosperidade. Difícil é se imaginar dizendo isso, em meio a uma tribulação. Mas Deus nos ajuda e ensina que podemos e devemos ser confiantes diante das pequenas ou grandes tribulações.

A mãe sunamita

Hospitalidade era a primeira característica para lembrar da mulher sunamita, narrada em II Reis 4. Era uma mulher rica que hospedava o homem de Deus , sempre que passava pela cidade de Suném – Eliseu.

“E ela disse a seu marido: Tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus” (v9). Para melhor acomodá-lo ela resolveu preparar um pequeno quarto, equipado com cama, mesa, cadeira e candeeiro. Era um espaço exclusivo para receber o profeta.

A mulher morava em Suném, cidade da tribo de Issacar. Suném, significa repouso. Era casada, rica, inteligente, hospitaleira, mas não era ainda mãe.

Ela havia observado a vida do profeta com Deus e teve atitude que lhe traria bênção no futuro, pois “... quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25:40).

Quem abençoa é abençoado. Eliseu procurava algo que pudesse fazer para agradecer tanta hospitalidade. Mas ela era rica, habitava no meio do povo dela, não tinha necessidade de nada aparentemente. Mas Geazi, auxiliar do profeta, percebe que ela não tinha filho e o marido era idoso. Na visão dos homens de Deus, aquela mulher merecia ser abençoada com um filho.


O homem de Deus libera a palavra!

“E Eliseu disse: Por este tempo, no ano próximo, abraçarás um filho. Respondeu ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva. Mas a mulher concebeu, e deu à luz um filho, no tempo determinado, no ano seguinte como Eliseu lhe dissera” (v16-17).

Agora a sunamita era mãe. Tempo depois veio uma desagradável surpresa. O menino cresceu, e quando estava trabalhando na colheita, passou mal. “Disse a seu pai: Minha cabeça! minha cabeça! Então ele disse a um moço: Leva-o a sua mãe. Este o tomou, e o levou a sua mãe; e o menino esteve sobre os joelhos dela até o meio-dia, e então morreu” (v19-20).

O coração da mãe sunamita sofre

O filho único estava agora morto! O que ela poderia fazer num momento tão desesperador como esse? O costume é chorar muito e enterrar o corpo. O que pode ser mais dolorido para uma mãe?

A decisão da mãe...

Ela colocou o menino morto deitado na cama do homem de Deus. Fechou a porta e saiu. Atitudes nada normais para uma mãe que acaba de perder o filho. Nessa hora ela apenas lembrava que conhecia um homem de Deus, que era como se fosse o próprio, representado por Eliseu.

“Então chamou a seu marido, e disse: Manda-me, peço-te, um dos moços e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus e volte. Disse ele: Por que queres ir ter com ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem” (v22-23). Ela decide ir em busca do homem de Deus. O marido estranha e ela diz que tudo vai bem.

Mulher determinada - “Guia, e anda, e não te detenhas no caminhar, senão quando eu to disser”. Ela tinha um objetivo em mente, nada poderia desviá-la de seu intento (v24).

Mulher de fé“Vai tudo bem”. Ao ser interrogada pelo profeta Eliseu sobre o filho e o esposo, ela teve calma e equilíbrio emocional para responder com resignação (v26).

“Então ela fez albardar a jumenta, e disse ao seu moço: Guia e anda, e não me detenhas no caminhar, senão quando eu to disser” (v24). Albardoar é colocar a sela no animal. Era um sinal do equilíbrio emocional em meio a situação. A distância era cerca de 40 quilômetros.

Ela sai do Suném (repouso) e vai para o Carmelo (presença de Deus). Ao chegar perguntaram-lhe: “Vais bem? Vai bem teu marido? Vai bem teu filho? Ela respondeu: Vai bem (v26).

Shalom? Vai bem?

Ela respondeu que havia paz, saúde e prosperidade. Ela não tinha nada para falar se não fosse com o homem de Deus, ela sabia que ele poderia ter uma solução! Como pode uma mãe falar que vai tudo bem se ela deixou o filho morto em casa? Em quem confiava essa mulher?

A dor

“Chegando ela ao monte, à presença do homem de Deus, apegou-se-lhe aos pés. Chegou-se Geazi para a retirar, porém, o homem de Deus lhe disse: Deixa-a, porque a sua alma está em amargura, e o Senhor mo encobriu, e não mo manifestou” (v27).

A persistência

O profeta orientou Geazi para ir até Suném, colocar o bordão sobre o rosto do menino. Mas ela estava determinada e não sairia dali sem o profeta. “Vive o senhor, e vive a tua alma, que não te hei de deixar. Então ele se levantou, e a seguiu” (v30).

A sunamita entendia...

Que só Deus pode fazer milagres. Que milagres vem por meio de pessoas de Deus. Ela mesma havia dito que Eliseu era “um santo homem de Deus”. Que ela precisava ir ao Encontro de Deus. Quem quer milagre vai ao encontro de Deus.

A fé é imprescindível. É impossível ir ao encontro com Deus e nada acontecer! A fé bíblica é prática e se aplica em todas as situações. Precisamos ser persistentes, não podemos desistir, nem demorar.

A oração do homem de Deus

“Quando Eliseu chegou à casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama. Então ele entrou, fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor. Depois desceu, andou pela casa duma parte para outra, tornou a subir, e se encurvou sobre ele; então o menino espirrou sete vezes, e abriu os olhos” (v33-35)

A gratidão

“Eliseu chamou a Geazi, e disse: Chama essa sunamita. E ele a chamou. Quando ela se lhe apresentou, disse ele: Toma o teu filho. Então ela entrou, e prostrou-se a seus pés, inclinando-se à terra; e tomando seu filho, saiu” (v36-37). Vendo o filho ressuscitado ela se ajoelhou aos pés do profeta num gesto de gratidão.

“Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia” (Salmo 34:8).

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