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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Campo é lugar de bênção

Rute, Noemi e Orfa eram iguais numa triste realidade: eram três viúvas em tempos de escassez nos campos de Moabes. Essa escassez só veio agravar uma situação dramática para elas, em uma sociedade patriarcal, onde as mulheres dependiam em tudo dos maridos e filhos. Ficar viúva era o mesmo que virar mendiga, dependendo da compaixão dos outros.

Ao contrário das noras Rute e Orfa, que eram moabitas, Noemi havia nascido em Belém da Judéia. Naquele momento ela percebeu que era hora de voltar para sua terra. Orfa se despediu da sogra. Rute fez diferente:

“Disse, porém, Rute: Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus;

Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada. Faça-me assim o Senhor, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti” (Rute 1:16-17).
Podemos aprender com Rute que para colher é necessário ter aliança. Não qualquer uma, mas uma aliança desinteressada, que ultrapassa qualquer barreira. Aquela jovem viúva, que ainda tinha chances de refazer a vida em sua terra natal, preferiu acompanhar a sogra. Ela preferiu fazer aliança com uma idosa pobre e cheia de amargura (ela mesma trocou seu nome para Mara, que significa amarga). A aliança verdadeira rompe qualquer barreira.

“Assim Noemi voltou, e com ela Rute a moabita, sua nora, que veio dos campos de Moabe; e chegaram a Belém no princípio da colheita das cevadas” (v22).
Ao chegar em Belém, no final da primavera, Rute não perdeu tempo deprimida, ela foi logo ao campo pois chegou na época de colheita. Era o início da colheita da cevada, que era seguida imediatamente pela colheita do trigo, pois Belém é a casa do pão.

Por isso não perca tempo. Não importa a sua condição (financeira, saúde, emocional) – vá ao campo. Quando vamos pro campo sempre trazemos muito mais do que aquilo que fomos buscar, já que o Senhor “... é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” (Efésios 3:20).

No campo encontramos o remidor. Essa pessoa é aquela que se importa conosco, paga a nossa dívida, resolve o nosso problema e muda a nossa sorte. O remidor mora no campo. Por isso, para encontrá-lo, temos que ir ao campo.

“E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela disse: Vai, minha filha.

Foi, pois, e chegou, e apanhava espigas no campo após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que era da família de Elimeleque” (Rute 2:2-3).
Naquela época havia uma lei em Israel para que os segadores não colhessem tudo, mas deixassem uma parte pelo caminho, para que fosse recolhida por pobres e viúvas. Havia um agravante para Rute por ser moabita. Esse povo era considerado pelo povo de Israel como impuros e indignos, por causa de sua origem – o incesto cometido entre Ló e a filha (Gênesis 19.31-36).

Quando chegou o dono do campo, Boaz, logo ficou sabendo da origem de Rute, através dos segadores. Eles também informaram que desde a manhã ela não havia parado nenhum instante de colher.

Talvez você esteja na condição de Rute, que foi ao campo atrás de restos de colheita. Ao encontramos o remidor não importam as maldições que tenham nos acompanhado durante a vida. Vá colher com garra, mas também com humildade.

“Então disse Boaz a Rute: Ouves, filha minha; não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas moças.

Os teus olhos estarão atentos no campo que segarem, e irás após elas; não dei ordem aos moços, que não te molestem? Tendo tu sede, vai aos vasos, e bebe do que os moços tirarem” (v8-9).
Deus é o dono do nosso campo. Ele é o nosso remidor. Só não podemos perder tempo porque campo não é lugar de descanso. Se não entramos desesperados para a colheita ela passará.

“Para que as nossas dispensas se encham de todo provimento; para que os nossos rebanhos produzam a milhares e a dezenas de milhares nas nossas ruas (Salmos 144:13).
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