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segunda-feira, 1 de março de 2010

Lavando o orgulho

Desde os tempos de Adão o pecado passou a andar com os homens e um deles é o orgulho. Ele pode ser entendido como uma sugestão do Diabo em nossas cabeças, fazendo com que a pessoa se ache incomparável, melhor do que os outros, muito importante.

Para o orgulhoso tudo o que ele faz é melhor. Ele não pede conselhos a ninguém pois pode se virar sozinho. Ele se irrita quando seus pensamentos, sempre superiores, são destruídos. Por isso mesmo o orgulhoso tem dificuldade em depender de Deus, pois julga que não precisa de nada. O orgulhoso não gosta de perder e adora ser servido. Orgulho é o mesmo que soberba. Sobre isso a Palavra diz:

"A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda" (Provérbios 16:18).

O orgulho precede a ruína. Quem tem um conceito muito elevado de si mesmo está na véspera da queda. É semelhante ao Titanic, navio que fez sua viagem inaugural em 1912. Foi construído com a altura de um prédio de dez andares, transportando mais de dois mil passageiros. Os construtores afirmaram que nem Deus afundaria o Titanic, pois era um navio insubmergível. Mais tarde eles ignoraram o alerta sobre icebergs e cerca de três horas adiante naufragaram e mais de 1500 pessoas morreram.

"Pela altivez do seu rosto o ímpio não busca a Deus; todas as suas cogitações são que não há Deus" (Salmos 10:4).

"Por causa do teu furor contra mim, e porque a tua revolta subiu aos meus ouvidos, portanto porei o meu anzol no teu nariz e o meu freio nos teus lábios, e te farei voltar pelo caminho por onde vieste" (II Reis 19:28).

Nessas atemorizantes palavras Deus fala do orgulho através de uma alusão a forma como os assírios, grandes conquistadores, tratavam aqueles que eram apanhados como escravos. Eles eram conduzidos com um anzol preso no nariz. Isso os fazia andar de cabeça baixa. Para os orgulhosos o Senhor reserva isso: um anzol para o nariz e um freio para a boca.

Em Provérbios 6:16-19 o Senhor cita sete coisas que abomina, e a primeira é a arrogância. Jesus ensinou que o reino dos céus é dos humildes de espírito, e que temos que ser humildes como uma criança para entrar nele (Mateus É quando nos humilhamos na presença do Senhor que somos exaltados.

Naamã, descrito em II Reis 5, não pensava assim. Por ter um cargo importante na Síria, como capitão do exército da Síria, muitas pessoas deviam se curvar a seus comandos. Era um herói, porém doente de lepra, que não tinha cura nem tratamento. No entanto estava a serviço da mulher de Naamã uma menina que havia sido levada presa, da terra de Israel:

"E disse esta à sua senhora: Antes o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. Então foi Naamã e notificou ao seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel" (v3-4).

Acostumado a lidar com o poder e seu círculo de influências ele se apressou em acionar o rei da Síria para que uma carta fosse enviada ao rei de Israel, para que fosse curado. Preparou também dinheiro e roupas.

Assustado com a mensagem o rei de Israel rasgou as suas vestes: "Sou eu Deus, para matar e para vivificar, para que este envie a mim um homem, para que eu o cure da sua lepra?" (v7). Ele achava que o rei da Síria estava buscando o motivo para guerrear contra eles.

"Sucedeu, porém, que, ouvindo Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel" (v8).

Naamã chegou em grande estilo, com cavalos, carro, e parou à porta da casa de Eliseu. Quem esperava uma recepção pomposa recebeu do mensageiro do profeta a direção: "Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado" (v10).

Ele nem podia se conter de indignação, pois esperava que a cura viria em um momento glorioso do profeta, invocando o nome do Senhor. Mas Eliseu nem se deu ao trabalho de sair de casa e ainda deu aquela direção, que pareceu desaforada. Ele esnobou até o Rio Jordão: "Não são porventura Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles, e ficar purificado?" (v12).

Foi necessária a ajuda, em tom bajulador, dos seus servos para que pudesse dar ouvidos: "...Meu pai, se o profeta te dissesse alguma grande coisa, porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado" (v13). Só então ele desceu e mergulhou no Jordão, sete vezes, ficando com a pele igual ao de menino, totalmente purificado.

Certamente sua maior doença era o orgulho. Quando foi até o rio Naamã pode até não ter feito aquilo com fé, nem com boa vontade, ainda mais porque deveria fazer aquilo na frente de muitas pessoas, se despindo de algumas vestes. Só que havia uma palavra liberada pelo profeta, que estava sobre ele.

Ao final ele ainda ofereceu recompensa ao profeta, que foi rejeitada. O caráter dele precisava ser tratado, pois as coisas de Deus não se compram.

Ao final Naamã voltou levando uma carga de terra para levantar um altar de adoração ao Senhor, em não mais aos outros deuses. Com isso ele pôde voltar para casa curado da lepra - a externa e a interna.
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