Receba nosso carinho. Um abraço para o povo do Pará, Tocantins, Goiás, Maranhão. Abraço para os queridos do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Recife, Teresina, Curitiba, Santos, Aracaju, Fortaleza, Natal, Porto Velho e dezenas de cidades Brasil afora.
Para você também da Guiana Francesa (e nossos índios Palikour preferidos), Mountain View, Vigo, Palm City, Barcelona, Orlando, Lugo, Lisboa, New York, Rochester, Paris, Tokyo, Monroe, Faro, Marseille, Towaco, Washington, Madri, Porto, Los Angeles, Miami, Buenos Aires, Dallas, Lakeland, Luanda. Claro, não poderia esquecer do pessoal de Kuala Lumpur, Schaffhausen e Esch-sur-alzette (Égua!!!). Mesmo se você chegou aqui por acaso, seja sempre bem-vindo.
Aí você me pergunta: “como se faz um blog?” Com sinceridade eu respondo: “sei lá!” Parece difícil acreditar mas eu sou a pessoa que menos entende desse blog. Escolhi a dedo cada elemento. Se cair um alfinete por aqui eu ouvirei. Mas eu não saco nada disso aqui. Quando pisquei tudo já estava acontecendo.
Minha vida está mudando, a cada dia. Nem sempre olhei para trás para agradecer ao Senhor, dignamente, pelas bençãos que tem derramado. Ele está fazendo como prometeu, que seria de glória em glória (II Co 3:18). É um milagre, pois já são quase trezentas postagens. Tudo isso através de uma rotina que passei a viver, passando longe da murmuração, para dar espaço ao verdadeiro dono desse blog, e verdadeiro Blogueiro.
Eu não entendo nada disso aqui. O meu crachá espiritual diz: padeira. Ou seja, só fico na cozinha. Diariamente amasso o pão, mas confesso que a sensação é muito estranha de não ver o rosto do freguês. Tão estranho que não consigo descrever. Eu sei - só preciso me deixar ser usada, e nada mais.
Assim vou eu, lançando o pão. Os conteúdos do blog são adaptações de tudo o que vivemos: culto, eventos, estudo da palavra, alimentos de célula, além das crônicas e doidices que escrevo. O fato de ser jornalista não facilita tudo pra mim. Deus pode chamar, capacitar e usar qualquer pessoa com predisposição para isso.
Posso dizer que trabalhar nesse blog é algo muito... doloroso. Para um texto nascer a Palavra ministrada tem que passar por mim, novamente, me moendo, amassando e estraçalhando em algumas vezes. Já chorei muito diante do computador. Mesmo assim, as vezes preciso admitir que, apenas, postei.
Se Deus criou e é dono de tudo, certamente inventou a internet. Desde o nascimento desse espaço eu entendi e acreditei que o Senhor sabe e quer blogar. Apesar do meu estranhamento não cabe a mim a entrega do pão, pois Ele faz isso pessoalmente. Para minha enorme satisfação posso acompanhar, passo-a-passo, as formas incríveis com que Ele faz isso.
Um exemplo memorável foi quando me deu um aperto no coração por não ter postado um estudo da palavra, com o tema “não vou desistir, verei além”. Havia deixado de lado pois já havia passado uma semana, e havia outros textos acumulados para postar. Pedi os slides para a pregadora e refundi o texto, de conteúdo longo e cuidadoso. No mesmo instante em que postei, sem ter feito os ajustes finais ou inserido a imagem, alguém acessou o blog, pois digitou no Google “eu não vou desistir”.
Senti como se eu tivesse pão e alguém, de tão faminta, praticamente arrancou o alimento da minha mão para saciar a fome. Pode ter sido alguém que precisava de um incentivo para perseverar. Podia ser um líder de célula, buscando uma palavra que pudesse trazer ânimo para um discípulo. De qualquer forma foi um milagre.
Tento postar todos os dias. Quando não dá, pela impossibilidade, cansaço ou preguiça, fico com a sensação que deixei alguém sem pão, pensando: “alguém está buscando isso aqui no Google e o texto não está lá”. Você consegue ter uma breve ideia da dimensão dessa ferramenta: a web? Eu também não!
Mesmo sabendo que ainda tenho tudo a aprender eu confesso que fico triste ao ver a pouca disposição, especialmente dos jovens, para usar a internet a favor da obra. Se você é cristão e tem vontade de embarcar nessa dê uma olhada no SOS Blog, aí ao lado. Mas o fato é que precisamos mais do que técnicas e truques para sermos canais de bênção.
Refiro-me a empolgação e dedicação que as pessoas tem para atualizar os seus perfis no Orkut, com fotos intermináveis (nem sempre santas), postar bobagens no Youtube ou escrever sobre si mesmas em sites como o Facebook. Os brasileiros são campeões mundiais no uso desses sites, e certamente boa parte do povo de Deus está incluído.
Poderia existir um blog sem blogueiro com acesso a internet em casa? Sim! Somente nos últimos meses eu deixei de depender da tartaruguinha de estimação dos donos de cybers, apelidada de Velox. De lá eu postava, com muitas doses de paciência, o material que preparava a noite em casa.
As vezes eu tinha apenas cinco minutos para postar no trabalho, para não perder o carro, na saída das equipes da redação. Era uma correria. Mas a sensação de deixar o pão, cedinho, compensava tudo. Irmão. Se existe o desejo de fazer um blog faça algo que eu não fiz – ore antes. Pouco orei para pedir licença a Deus para postar. Pouco orei para me diminuir. Ele me botou aqui nesse blog e agora sou prisioneira por amor a obra. Minha tarefa agora é aprender e deixar acontecer.
Fuçando na internet já vi blogs de todos os tipos. Tem gente que compartilha fotos dos filhinhos. Num blog dos EUA um treinador dá dicas e esquemas táticos, desenhados, para jogadores de futebol americano. Outros ensinam artesanato. Pais dão dicas de como lidar com os filhos. Estou citando somente as coisas boas, pois na prática dá até para comprar pessoas pela internet. Mas cadê a disposição para compartilhar a única coisa boa que temos – a palavra de Deus?
Afirmei no início que não entendo nada disso aqui. Na verdade eu não consigo ter a dimensão de muitas coisas que estão sendo profetizadas em minha vida. Estou há um ano, aqui, fazendo perguntas do tipo: “o que o Senhor está tentando me dizer com isso?” São quase 15 mil acessos, mas o que me estimula é pensar no que tem acontecido nessas 15 mil vezes. Apesar da palavra estar tão próxima de mim, para que eu repasse aos outros, estou precisando aprender a crer em milagres.
Li pela primeira vez na vida, agora a pouco, sobre Jesus e os discípulos no caminho de Emaús, em Lucas 24. Assim como Ele havia dito, Cristo ressuscitou no terceiro dia, mas ninguém se permitia crer. Enquanto andavam o Senhor se aproximou deles. Minha leitura parou em cima de: “os seus olhos, porém, estavam como impedidos de o reconhecer” (v16).
Apesar de reforçar a incredulidade daqueles corações, senti um Jesus muito carinhoso nessa passagem, que os relembrou cada profecia referente a Ele nas Escrituras, durante o caminho. Mesmo não o reconhecendo aquelas palavras arderam em seus corações, tanto que, pensando que Jesus ia embora, o constrangeram a ficar.
É como o clamor de Nívea Soares, na gravação de Casa do Pão: “é tempo de voltar a amar a Palavra santa do nosso Deus”. Somente quando o amor foi restaurado, e tiveram comunhão através da ceia, Jesus lhes abriu os olhos. Mais tarde, teve a paciência de provar por A+B que não era um espírito, mostrando as marcas nos pés e mãos.
Numa perfeita alegoria Ele provou estar vivo comendo um pedaço de peixe assado e um favo de mel. O mesmo mel, doce como a Palavra de Deus, referida em várias passagens bíblicas. Ele queria que voltássemos a amar a Palavra. Outra vez, explicou cuidadosamente: “Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras” (v45).
Precisamos amar a Palavra para crer nas promessas, nos milagres. O povo demorou a crer na ressurreição, anunciada pela boca do próprio Jesus. Com entendimento aberto, comendo a Palavra, como o Senhor fez, eles estavam se preparando para o que vinha. Eles precisavam crer na profecia de “arrependimento para remissão dos pecados a todas as nações” (v47).
Nós podemos orar juntos (façamos isso agora) para que nosso entendimento seja aberto, já que a Palavra não pode ser mais o nosso chiclete para ser apenas mastigada. Vamos orar nesse momento, para crer que o Senhor quer, está fazendo e ainda fará coisas grandiosas. Até nos separou para nos usar.
Daqui a algum tempo você poderá me perguntar sobre esse blog e eu estarei sacando de muita coisa (eu profetizo). Posso não entender ainda o que irá acontecer, mesmo assim tenho dito a Ele: “Senhor, já temos um blog”.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
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Um comentário:
Marta, esse artigo sobre o Blog da Casa do Pão está perfeito!
Parabéns!
Vou me "orientar" pra continuar postando junto contigo... Eita lição!
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